sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Meditação: JUSTO ou INJUSTO!





"Se falei mal, mostra-me em que; mas se falei bem, por que me bates?"

Já criticou alguém hoje? Já julgou? Já ficou indignado (a)?

Mas essa pessoa é sempre assim? Sim? Não?

Então, já parou para pensar porque está assim ... será que não está doente? Passando por alguma dificuldade? Assoberbado (a)?

- Ajude alguém a animar-se. Talvez, alguém na sua vida pode estar passando por um momento difícil. Se essa pessoa não é sempre assim, isso é um sinal de algo está acontecendo...

E o que eu fiz para ajudar? Ou apenas pensei, mas o que eu tenho com isso?

A questão: “quando eu precisei essa pessoa estava lá?” e “quando eu precisar novamente será que vai estar novamente?”

Ué! O que será está havendo então?

Um... Isso é interessante!

Já ofereci meu ombro, meu carinho, meu abraço? Já recomendei algo legal, divertido, inspirador? Demonstrei gratidão e reconhecimento pelas tantas que vezes que caminhou comigo?

- Ajude alguém na prática. Dê-lhe uma ajuda prática para a sua vida, faça algo concreto... uma carta, uma mensagem, uma foto, um abraço, uma orientação, um carinho, um conforto...

- Ajude esse alguém a perceber como faz a diferença na sua vida.

Quantas vezes somos injustos: julgamos, condenamos, matamos essa pessoa física, psicológica e espiritualmente, sem que tenhamos noção do que está acontecendo...

Lembram do que disse Jesus quando lhe batiam? "Se falei mal, mostra-me em que; mas se falei bem, por que me bates?"

Tenho feito isso antes de condenar? Tenho “pelo menos” dito para essa pessoa o porquê o (a) estou condenando?

Cuidado! Lembrem-se podemos estar condenando Jesus a cada instante dentro do nosso coração... podemos estar lá, lhe agredindo, lhe negando... será que não estamos mais uma vez o crucificando no Sinédrio?

Sim, é mais fácil negar (com fez Pedro) ou agir como Pilatos? Anás? Caifás?

Cuidado! Antes de trair, condenar, massacrar, açoitar, ... alguém... SEJAS JUSTO (A)! É EXATAMENTE ISSO QUE JESUS ESPERA DE NÓS...

Pense nisso!

Um feliz e abençoado final de semana!

SHALOM

domingo, 4 de agosto de 2013

FILHOS! QUAIS SÃO OS LIMITES?



Limites, um texto de Mônica Monastério (Madrid - Espanha)


Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.

O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos...

Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos (às vezes sem escolha...) que nossos filhos nos faltem com o respeito.

Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer; os papéis se inverteram, e agora são os pais quem tem que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "dar tudo" a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem.

Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e rendidos à sua vontade.

É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.

Mônica Monastério ( Madrid-Espanha )