Análise do porta-voz vaticano
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de julho de 2010 – As novas Normae de gravioribus delictis aprovadas pela Santa Sé representam uma resposta eficaz e duradoura da Igreja aos delitos contra a fé, observa o porta-voz vaticano Pe. Federico Lombardi SJ.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé analisou os avanços alcançados com o novo documento pelo qual a Igreja responde aos desvios e delitos praticados contra os sacramentos da Eucaristia, da Penitência a da Ordem sacerdotal, incluindo os crimes de abuso e maus tratos contra menores por membros do clero.
“Com a publicação das novas normas para tratar e punir os crimes de abuso contra menores por membros do clero, a Igreja deu um passo significativo em relação à questão, com respostas duradouras e de impacto profundo”, explica Pe. Lombardi no último editorial do “Octava Dies”, publicação semanal do Centro Televisivo Vaticano.
“As leis, claras e bem divulgadas, constituem de fato uma orientação indispenável para qualquer grande comunidade, como é a Igreja católica, que deve observar, além das normas comuns autônomas, também aquelas dos muitos países onde vive”.
“Países nos quais, obviamente, as justas leis são respeitadas e postas em prática pelos homens da Igreja, como por quaisquer cidadãos, também no que se refere aos crimes de abuso”.
“Com as novas normas canônicas os procedimentos podem ser mais rápidos e eficazes, os tribunais eclesiásticos podem agora ser compostos por pessoal leigo competente com maior facilidade, o tempo para prescrição foi dobrado, e permanecem sempre possíveis exceções em casos de especial gravidade”, observa.
“Naturalmente, a lei é necessária, mas não é tudo. É necessário também empenho no âmbito educativo, de formação do clero e do pessoal que atua nas instituições ligadas à Igreja, ações preventivas e informativas, além do diálogo e acompanhamento pessoal das vítimas”.
“Da sua parte, a Congregação para a Doutrina da Fé continua a trabalhar para dar apoio aos episcopados ao formularem diretrizes locais coerentes e eficazes”, destaca.
“A nova lei é importantíssima, mas sabemos que nosso compromisso com um testemunho mais evangélico e puro deve ser de longo prazo”, conclui Pe. Lombardi.
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