VAMOS FALAR SOBRE: ..."PEGADÃO", "BATIDÃO", "PROIBIDÃO"...
Antes mesmo de escrever já sei que serei rotulado de preconceituoso, moralista, violador das liberdades individuais, etc., etc., etc., pois hoje pretendo abordar sobre as letras de músicas rotuladas de “proibidões”, mas que rodam livremente nas nossas rádios (inclusive católicas), sites, bares, boates e nas danças com gestuais extremamente promíscuos que acompanham o ritmo desses “batidões”...
Antes de fazer minha abordagem gostaria de destacar que realmente respeito toda forma de manifestação e cultura popular, desde que ela seja coerente com os princípios morais, éticos, dos bons costumes assegurados na lei e inscritos nas mais profundas raízes dos valores e da tradição familiar. Sei que os verdadeiros artistas, autores de “SAMBA”, “RAP” e de “FUNK” também não concordam com essa apelação e baixaria que estão aí, cujos autores e “vendedores” querem rotular de cultura, inclusive, porque prestam um desserviço ao próprio ritmo musical.
Nós aqui no Sul somos reconhecidos pela valorização da família, dos bons costumes, da ética, da moral, do respeito para com os mais velhos... tanto que nosso hino diz: “povo que não tem virtudes acaba por ser escravo...”
Vocês pais, religiosos, educadores, dirigentes desse país têm acompanhado as letras e as coreografias dos tais “proibidões”?
Só para auxiliar na sua interpretação e também na sua avaliação sobre o texto, trago-lhes alguns títulos que nossas crianças e adolescentes cantam e dançam (se é que dá para dizer que é música e dança). Apesar de estar disponível em inúmeros sites da internet, em rádios e muitas outras mídias, vou omitir os “palavrões” e também vou poupa-los de transcrever uma só dessas letras:
· Virgem é o “...” na “...” eu fiz foi festa...
· A MAGRINHA É UMA DELÍCIA...
· ESCONDE ELE NO COFRINHO...
· Novinha do baile funk deixa eu ir atrás de tu, sua BONECA quer...
· NA MANGUEIRA DO NEGRÃO...
· UPP* “...” sai do Borel... (*Unidade de Polícia Pacificadora)
· APONTE O CORNO AI...
· Meu piru é solteiro...
Falam em cultura popular urbana. Ora isso é balela, isso é lixo, não passa de apologia à violência, às drogas, ao sexo, à promiscuidade. São letras que na sua maioria estimulam a submissão da mulher que é dominada pelo homem... a qual é subjugada, explorada moral, física e eticamente.
Tu que és mulher (principalmente vocês meninas jovens que possuem inteligência, esclarecimento e discernimento para saberem o que é certo e errado, bom ou ruim), vocês que falam tanto em liberdade, vocês que falam em valorização da mulher... Se deram conta que ao cantarem e dançarem tais melodias estão aceitando e apoiando essa condição de subjugadas? Aceitam ser meros objetos a serem usadas, exploradas e depois jogadas no lixo?
São letras que incitam a violência, a promiscuidade, à pornografia,... com danças devassas, promiscuas e que em alguns casos parecem mais um ritual de acasalamento entre as espécies mais brutas do mundo animal... Músicas pobres, musicalmente falando, letras chulas que só falam em beber, trair e vagabundar, coreografias apelativas, com mulheres seminuas rebolando e homens simulando um ato sexual. Ações que são reproduzidas por crianças, adolescentes e jovens, e que enfraquecem a cultura e reforçam a ideia de um estado analfabeto, inculturado, empobrecedor e facilmente manipulado.
Temos aqui com o “rótulo” de música e dança um dos meios de adultização e erotização das crianças. Temos aqui pseudos “intelectuais” travestidos e pervertidos que se esqueceram de como é ver o mundo pelos olhos de uma criança. São os adoradores de um deus chamado sucesso, poder e dinheiro. Mostram padrões de comportamentos que não são os da maioria... enfiam “goela abaixo” todo esse lixo pornográfico de uma prostituição enrustida (fazendo com que o Brasil seja reconhecido internacionalmente por esse comércio). Nos meios de comunicação dizem que a arte imita a vida – mas vem à mídia e consegue o contrário: de tanto ver a “arte” a vida termina imitando o que era para ser “arte”, pedindo desculpas por minha posição pessoal: “isso não é arte”.
Mas e daí, de quem é a culpa?
Ora! A culpa é minha, é sua, dos pais, dos nossos educadores, dos nossos dirigentes que muitas vezes optam por não dirigirem nada, dos poderes públicos constituídos... Muitos dirigentes são alunos da escola do fornecer “pão e circo ao povo”... na verdade, muitos desses “dirigentes” são mantidos ou eleitos por esses meios... Sei que lutar contra o mercado é difícil, somos um beija-flor apagando incêndios, mas precisamos colocar nossa cabeça no travesseiro e termos a consciência tranquila de que pelo menos estamos tentando fazer a nossa parte.
Por isso em nome da verdadeira e legítima liberdade precisamos que deixem os nossos jovens e crianças em paz! Deixem as crianças serem crianças! Deixem que as crianças tenham uma infância e que nossos jovens tenham uma adolescência saudável! Protejam a infância, a nossa adolescência e principalmente a nossa família! Foi o próprio Cristo que disse: “Tudo que fizestes ao menor desses pequeninos foi a Mim que o fizestes”.
Caríssimos e caríssimas jovens, vocês são pessoas inteligentes não se deixem levar pela emoção, pela inocência que parece ter esse desserviço à cultura e à família... vocês não são lixos para serem usados e descartados, principalmente vocês meninas que lutam por igualdade e liberdade, analisem essas letras de musicas e não se deixem ser subjugadas, exploradas e expostas como uns meros objetos do desejo e do prazer, antes de mais nada vocês são gente... e devem ser tratadas como tal... há muita música e cultura boa com os mesmos ritmos musicais, sejam coerentes, inteligentes e não se deixem levar pela emoção... Pensem nisso!
SHALOM!