quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

JULGAMENTO...



A nenhum de nós (cristãos) foi concedido o ministério do julgamento e isso é fato. Agora cuidado, com o verdadeiro sentido dessa frase, vamos falar sobre um grande equívoco que se está cometendo.

Primeiro observe que nossa vida é feita de julgamentos, avaliações, análises...
Acordamos e já achamos que o dia está bom ou ruim, quente ou frio, ensolarado ou nublado... Vamos almoçar e achamos a comida gostosa ou não, muito sal, pouco tempero, etc... Encontramos alguém: é bonito ou feio, baixo ou alto, elegante, na moda, cafona, ultrapassado, não combina,... Assim é nossa vida, a cada instante, a todo o momento, julgamos, avaliamos, analisamos... Com os atos e atitudes não é diferente...

Agora cuidado!

Estamos vivendo uma fase de “relativismo”, de excesso de “tolerância” e porque não dizer, até de contradição com a própria Escritura Sagrada.

Estão, inclusive entre os crentes, impondo uma cultura pagã, onde a ênfase cai sobre o homem, ao ponto que em certas situações, devemos ser cuidadosos para não mencionar o nome de Deus (sob o tão propalado estado laico)! NESSA CULTURA ATUAL O HOMEM É DEUS, livre para construir suas próprias ideias de moralidade. E o fundamento básico para a moralidade é seu pensamento: “Eu sou bom. Você é bom. Concordemos em não achar nenhum mau em ninguém.” Assim podemos fazer tudo que acharmos correto... e com isso, temos o que temos, uma sociedade “perdida” não reconhece mais o caminho (Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim...).

Veja bem é JESUS CRISTO que ensina: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.” Ao dizer “não julgueis”, Jesus não pretende proibir o julgamento como tal, mas proibir certo tipo de julgamento, como a parte positiva deste versículo deixa claro. Podemos julgar, mas quando o fizermos, devemos julgar justamente. O julgamento exterior e superficial, sem análise, por achismos - isto é, julgar simplesmente sobre a base do que parece ser o caso, sem conhecer todos os fatos - é um julgamento imprudente, injusto e sem discernimento, que é contrário ao nono mandamento da lei de Deus. Deus odeia tal julgamento. O julgamento justo é feito usando a lei de Deus como o padrão pelo qual discernimos se o que parece ser é o caso é realmente o caso. A luz da Escritura Sagrada Deus nos ensina a vermos o que é certo e o que é errado aos olhos d’Ele.
Observe que vivemos um momento como se nada do que fizéssemos desagradasse a Deus, como se todos os nossos atos fossem corretos aos olhos de Deus...

Cuidado! Isso não é verdade.

Não devemos e nem podemos julgar as pessoas... mas devemos sim, julgar a visão prevalecente relativista e de tolerância como errônea, pois ela não é bíblica. A Escritura é a única base para a nossa moralidade, ela foi inspirada por Deus e para nós crentes é ali que consta o “certo” e o “errado”... Não julgue as pessoas, mas veja suas atitudes, seu proceder e verifique se condiz com os ensinamentos de Cristo... ELE NÃO TOLEROU O PECADO... ao contrário... à adúltera que ia ser apedrejada Ele disse: “VÁ E NÃO PEQUES MAIS...” ou seja, ande correto, faça as coisas certas, agora tu sabes o que deves e o que não deves fazer... tivestes a tua chance... e o mesmo Ele diz para cada um de nós.

Repito, para não haver outra interpretação: Não podemos e nem devemos julgar as pessoas, até para que não sejamos classificados como intolerantes. Devemos respeitar seu modo de ser, a sua livre decisão de ser assim, respeitar os seus desejos... Mas devemos sempre, condenarmos o “PECADO”...
Dentro da fé que professamos, nós sabemos o que é certo e o que é errado para nós, é “obrigação e dever” nosso seguir aquilo que Jesus nos ensinou. Não nos esqueçamos do que nos diz Paulo: “tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”. Portanto, cuidado, respeitar a liberdade do outro, não significa que eu APROVE tudo que ele faz e que contraria minha fé... é um direito dele ser assim, não podemos e nem devemos excluí-lo, mas também é um direito teu de pensar diferente e isso também tem que ser respeitado.

São Paulo, em I Coríntios 5, 9-13, lembra aos santos do seu dever de julgar as pessoas que estão dentro da igreja, quanto a se eles estão obedecendo ou não à lei de Deus. Aqueles que alegam ser cristãos e são membros da igreja, mas que são julgados como sendo impenitentemente desobedientes a qualquer mandamento da lei de Deus, devem ser excluídos da comunhão da igreja. Paulo, sob a inspiração do Espírito, diz para a igreja não tolerar pecadores impenitentes.

Temos que ter cuidado para não transformarmos nossa igreja naquilo que o mundo mundano propõe, A PARTIR DAÍ NÃO SERÁ MAIS A IGREJA DE DEUS. Se começarmos a viver e pensar como propõe o mundo mundano, a igreja (fiéis, assembléia...) mostra que não é fundamentalmente diferente do mundo, como Deus a chama para ser. Assim, A IGREJA VAI PERDER SUA SANTIDADE e se for relativizada conforme proposta do mundo, ela não será mais diferente do mundo mundano, deixando de ser o que Deus propôs para ela ser. Ao ensinar aquilo que é contrário à Escritura, ela mostra que não está firmemente fundada sobre a doutrina dos apóstolos e profetas, sendo o próprio Jesus Cristo a pedra angular, seu fundador, como Deus a chama para ser. Falhando em ser santa e apostólica, ela não tem nenhum direito de chamar a si mesmo de igreja, pois não é diferente do mundo mundano.

Assim, na reflexão de hoje, eu te convido para verificar se estás fazendo aquilo que Deus te propõe, conforme os ensinamentos de Jesus Cristo.
Concluo, afirmando que não nos foi concedido o ministério do julgamento, mas também, não nos foi dado o direito de relativizarmos e sermos tolerantes com os ensinamentos e os mandamentos de Deus, sob pena, de não estarmos mais na igreja de Cristo, mas sim, na igreja que nós criamos conforme a proposta e as intenções do mundo atual. Verificamos que algumas passagens da Escritura parecem proibir o julgamento, enquanto outras claramente exigem isso. Estudando os contextos daquelas que parecem proibir o julgamento, descobrimos que o que é proibido não é realmente o julgamento em si, mas sim um tipo errôneo de julgamento. Deus odeia o julgamento hipócrita!

Portanto, devemos primeiramente julgarmos os nossos próprios pecados e pensamentos errôneos. As advertências contra o julgamento hipócrita certamente torna clara a necessidade de fazermos isso antes de mais ninguém, primeiro conosco. Também verificarmos se não estamos sendo “RELATIVISTAS” e “TOLERANTES” com o pecado, ou seja, aceitando passivamente o que o próprio DEUS CONDENA e nos ensina como errado. Não podemos mudar aquilo que Deus diz estar errado. Não nos compete acharmos certo o pecado, continuemos então, fazendo aquilo que Deus nos ensina e nos propõe à luz da Sagrada Escritura.

Pense nisso!

SHALOM!

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