(Baseado no texto de Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio, da UNIFESP - Sociedade Paulista de Psiquiatria Clinica)
Cuidado você que é pai, mãe ou responsável por uma criança ou adolescente, não tenha medo de dizer “não”, não tenha medo de colocar “limites”, não tenha medo de cumprir seu papel, seja autoridade sem ser autoritário. Se a “sociedade” o condenar, não se preocupe, você está cumprindo um papel sagrado que lhe foi confiado que é o de educar seu filho, a criança ou o adolescente pelo qual és “responsável”.
A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias consequências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias. A incidência de gravidez na adolescência está crescendo de forma assustadora e preocupante, em alguns lugares tornou-se problema de saúde pública.
PROGRESSO E MODERNIDADE É DIFERENTE DE PERMISSIVIDADE E LIBERALIDADE
Há uma corrente bizarra de pensamento que pretende associar progresso, modernidade, permissividade e liberalidade, tudo isso em meio à um caldo daquilo que seria desejável e melhor para o ser humano. Quem porventura ousar se contrapor à esse esquema, corre o risco de ser rotulado de retrógrado. As pessoas de bom senso silenciam diante da ameaça de serem tidas por preconceituosas, interessando à cultua modernóide desenvolver um cegueira cultural contra um preconceito ainda maior e que não se percebe; aquele que aponta contra pessoas cautelosas e sensatas, os chamados "conservadores", uma espécie acanhada de atravancador do progresso.
As atitudes das pessoas são, inegavelmente, estimuladas e condicionadas tanto pela família quanto pela sociedade. E a sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando "goela abaixo" a sexualidade na adolescência e, consequentemente, também a gravidez na adolescência. Portanto, à medida em que os tabus, inibições, tradições e comportamentos conservadores estão diminuindo, a atividade sexual e a gravidez na infância e juventude vai aumentando.
[Segundo as autoras, o contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam à essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência.]
A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de conflitivo ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo.
A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência.
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E PROBLEMAS NO PARTO
A gravidez na adolescência é, portanto, um problema que deve ser levado muito a sério e não deve ser subestimado, assim como deve ser levado a sério o próprio processo do parto. Este pode ser dificultado por problemas anatômicos e comuns da adolescente, tais como o tamanho e conformidade da pelve, a elasticidade dos músculos uterinos, os temores, desinformação e fantasias da mãe ex-criança, além dos importantíssimos elementos psicológicos e afetivos possivelmente presentes.
Ideação Suicida em Adolescentes Grávidas
Gisleine Vaz Scavacini de Freitas e Neury José Botega (Unicamp) têm um estudo sobre ideação de suicídio em adolescentes grávidas. Estudaram 120 adolescentes grávidas (40 de cada trimestre gestacional), com idades variando entre 14 e 18 anos, atendidas em serviço de pré-natal da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba. Do total dos sujeitos, foram encontrados: casos de ansiedade em 25 (21 %); casos de depressão em 28 (23%). Desses, 12 (10%) tinham ansiedade e depressão. Ideação suicida ocorreu em 19 (16%) das pacientes. Não foram encontradas diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida nos diversos trimestres da gravidez. As tentativas de suicídio anteriores ocorram em 13% das adolescentes grávidas. A severidade dessas tentativas de suicídio teve associação significativa com o grau da depressão, bem como com o estado civil da pacientes (solteira sem namorado).
CASTIDADE E FIDELIDADE
O site Polis tem artigo sobre gravidez na adolescência. Veja um trecho:
“Atualmente, a sociedade atribui à faixa dos 12 aos 20 anos a atividade escolar e a preparação profissional, em um contexto de dependência econômico familiar”.
Nas entrelinhas está dito que é preciso atingir a maioridade, terminar os estudos, ter melhor trabalho e melhor salário, para só então estabelecer uma relação amorosa duradoura.
Resumindo: “não tenha pressa...”
A gravidez e a maternidade na adolescência rompem com essa trajetória tida como natural e emergem socialmente como problema e risco a ser evitado OU SEJA, A GRAVIDEZ PRECOCE ACABA COM TODOS OS PROJETOS E SONHOS DO JOVEM QUE SE VÊ OBRIGADA A REVER TODO SEU PROJETO DE VIDA, SEUS SONHOS E ASPIRAÇÕES.
Infelizmente as próprias políticas públicas saem por ai distribuindo preservativo a torto e direito, para qualquer criança ou adolescente, entregando pílulas e contraceptivos dos mais diversos tipos e modelos e com isso acreditam estarem fazendo “programa de controle de natalidade...”
Mas os números nas maternidades, nas estatísticas de jovens com AIDS, DSTs, entre outras doenças, mostram o contrário.
Sair por ai distribuindo camisinha e achar que está fazendo programa de controle da natalidade é muito amadorismo... Sejamos coerentes... isso é balela... vamos realmente educar nossas crianças e adolescentes, deixar que realmente eles decidam o que é melhor para eles. Depois da devida orientação, mostrando os números e as consequências disso, com jovens realmente instruídos e educados sobre o assunto podemos dizer que temos um programa sobre sexualidade na adolescência... mas algo que fale sobre a biologia e a psicologia do corpo, algo que aborde sociologia, sem intervenções de correntes libertinas, promiscuas e gananciosas que nada fazem pela família. Não vamos enfiá-los dentro de boates, bares e espaços afins com música provocante, sensual, com bebida liberada e acharmos que tudo pode, tudo é permitido em nome de uma falsa liberdade, isso é libertinagem... não nos enganemos... sejamos coerentes... sejamos inteligentes e principalmente sejamos justos com a nossa juventude como dizem as psiquiatras do artigo acima:
“Há uma corrente bizarra de pensamento que pretende associar progresso, modernidade, permissividade e liberalidade, tudo isso em meio à um caldo daquilo que seria desejável e melhor para o ser humano. Quem porventura ousar se contrapor à esse esquema, corre o risco de ser rotulado de retrógrado. As pessoas de bom senso silenciam diante da ameaça de serem tidas por preconceituosas, interessando à cultua modernóide desenvolver um cegueira cultural contra um preconceito ainda maior e que não se percebe; aquele que aponta contra pessoas cautelosas e sensatas, os chamados "conservadores", uma espécie acanhada de atravancador do progresso.”
Perdoem-me! Então nesse caso eu assumo, sou “retrógrado”, “conservador”, “quadrado”, “antiquado”... Porque não aceito isso para nossa juventude... a forma atual de educar, de ser família, esse excesso de permissivismo, de relativismo e liberalidade já se mostrou ineficaz... falo isso como alguém que convive com dezenas de jovens em grupos de auto ajuda, com famílias doentes, com crianças grávidas, com adolescentes com AIDS,... eu falo na condição daquele que ouve, se comove e chora, com o choro e a dor de tantas mães, crianças e adolescentes que nos procuram apavorados, com os olhos estalados, em choque, perplexos... “E AGORA, O QUE VAI SER DA MINHA VIDA? O QUE EU VOU FAZER?...” e ainda, asseguro a vocês, nenhum daqueles que pregaram toda essa liberalidade, nenhum daqueles que facilitou para que isso acontecesse, nenhum daqueles que induziu a criança, o jovem, ao álcool, a droga, ao sexo irresponsável, os acompanhava na hora do choro e da dor.
Portanto, se esse modelo não deu certo, passemos para outro então, principalmente aquele que valorize o jovem, a família... um modelo que preserve os preceitos morais e éticos de uma sociedade verdadeiramente organizada. Vamos deixar os pais de nossos jovens serem pais, os nossos jovens serem jovens, respeitar e admirar aqueles que querem se manter “castos” e “fiéis”... porque os números, os testemunhos e a vida DAQUELES QUE RESOLVERAM ESPERAR mostram que ele estão corretos. Particularmente eu os apoio... Pense nisso!
SHALOM!
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