terça-feira, 15 de maio de 2012

MEU, EU PERDI A CONFIANÇA EM TI!


·         Quantas vezes já ouvimos essa expressão?
·         Quantas vezes já proferimos essa expressão?
Confesso que hoje amanheci um tanto nostálgico... pensativo, cansado mentalmente... Talvez até seja fruto das muitas orientações, dos muitos acontecimentos, fatos, relatos, testemunhos do final de semana. Mas a verdade é que durante toda a manhã, desde a Liturgia das Horas, uma palavra que sempre se fazia presente nessa minha reflexão ou meditação era justamente a palavra “CONFIANÇA”.
Sim, confiança, é ela que sustenta tantas colunas dos valores, tantas famílias, tantos empregos, a saúde, os relacionamentos sejam eles de amizade, de afeto, carinho ou amor... A confiança em nós mesmos nos leva à “autoconfiança” e com relação aos outros um gesto de amor, amizade, reconhecimento, respeito e tantos outros conceitos que é atribuída a uma única palavra: “confiança”.
Lembremo-nos então do que disse Carlos Drummond de Andrade, o qual assegura:
- “A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio.”
Com essa fixação com relação a esse sentimento (CONFIANÇA ou DESCONFIANÇA), lembrei-me de um texto do Quintana sobre o assunto e fui buscá-lo na internet, o qual diz:
“Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”
Já o Dalai Lama diz:
“É engraçado como depositamos tanta confiança e tanto sentimento nas pessoas. Em pessoas que achávamos conhecer, mas, que no fim, só mostraram ser iguais a todos. E por esperar demais, sonhar demais, criar expectativas demais, sempre acabamos nos decepcionando e nos machucando cada vez mais.”
Justamente por causa da citação do Dalai Lama que me lembrei e fiquei meditando das tantas vezes em que apostamos todas as fichas em uma pessoa, acreditando ser ali como diz o ditado: “um poço de confiança”, porém, o poço seca, quando não raramente ele vaza e a confiança se vai embora como uma tempestade de verão.
Também há tantas vezes que em decorrência do cotidiano, do excesso de demandas, das quais começamos a não dar vencimento; começamos a faltar eventos; a descuidar com horários; compromissos e pessoas; isso vai gerando uma frustração, uma sensação de incapacidade, com isso perdemos a confiança em nós mesmos. Com isso criamos um estado mental propício à autocrítica, autoavaliações negativas e descrença nas nossas capacidades, aptidões e habilidades. Criamos um estado mental autodepreciativo, que é um misto de lamuria, descrença e autoimagem negativa. Isso tranquilamente nos leva a um sentimento de culpa, a um estado de ansiedade e não raras vezes até a uma depressão.
Pois bem, mas o que fazer frente a isso tudo?
Primeiro, com relação aos outros, uma medida eficiente é clarear todos os fatos, seja através de uma longa conversa, seja através da busca da informação e da verdade, o importante é nós não ficarmos na dúvida ou com o sentimento de culpa em virtude de um pré-julgamento ou em função da sensação de temos realizado um falso julgamento.
Com relação a nós mesmos, é necessário reconhecermos que não somos máquinas, somos seres humanos e nessa condição acertamos, erramos, cansamos, ficamos irritados, enfim somos seres sensíveis e racionais. Não se martirize, não se penalize e na medida do possível mude seu foco, sentimento e pensamento. Motive-se, crie novos hábitos, saia da rotina, troque os móveis de lugar, mude seu papel de parede do computador, ame mais, sorria mais, seja menos azedo, amargo, rancoroso, motive-se e corra atrás dos seus sonhos, mas principalmente fazendo exatamente aquilo que Deus lhe propõe.
Assim, eis aí as perguntas:
·         Tu confias em mim?
·         Mas o quanto tu acreditas que eu confio em ti?
Antes de mais nada continue confiando em Deus! Uma feliz e abençoada meditação...
SHALOM!

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