Hoje conversei com um adolescente de 17 anos que há dois anos descobriu ter contraído o vírus da AIDS. Segundo ele, contraiu o vírus de uma namorada, com quem rompeu o namoro logo depois. Esteve internado em função de uma pontada de pneumonia, ele já teria o organismo debilitado (problemas respiratórios), mas depois do vírus qualquer infecção é motivo para internação.
Falou que depois de saber ter contraído a AIDS passou por vários momentos: revolta, raiva, indignação, depressão e hoje vive um misto de acomodação e aceitação.
Comentou também que faz seu tratamento em Porto Alegre, utilizando endereço e telefone de familiares que residem lá por ter medo de retaliação e discriminação.
Disse que depois de ter contraído a AIDS já manteve relações com outras três meninas, que com uma usou o preservativo normalmente, uma delas após ambos terem bebido não usou nenhum tipo de preservativo e lembra que com outra o preservativo rompeu. Mas afirmou que para nenhuma delas informou sua condição de portador do vírus da AIDS e salientou não se sentir culpado se alguma delas contraiu o vírus, porque com ele também aconteceu assim.
Fiquei pensando no noticiário de ontem (29/11) que coloca Cachoeira no ranking dos 100 municípios brasileiro com maior incidência de casos de AIDS.
Os dados afirmam que de cada mil cachoeirenses 28,4 estão contaminados. É um dado assustador, basta observarmos que uma boate que comporta 1.500 pessoas, num dia em que estiver lotada mais de 45 pessoas que estiverem ali estatisticamente estariam contaminadas.
Pensei se por ventura uma dessas meninas com quem esse rapaz manteve relação sexual tenha contraído o vírus, quantas outras pessoas poderão contaminar até descobrir ser soro positivo?
Imaginem que segundo os dados do Ministério da Saúde, de quase cinco mil municípios no Brasil, Cachoeira ocupa a 83ª posição em número de casos.
Outro aspecto que inquieta... São as campanhas, pois já se mostraram ineficientes, os próprios órgãos públicos afirmam que os dados “assustam” e “preocupam”... Ora, só falar, distribuir preservativos e orientar como usá-los não é a solução... É os números que mostram isso, não minha afirmação!
Estranhamente ninguém fala em “castidade” ou “fidelidade”, a solução e a cura estão aqui... Mas isso não interessa... Não dá lucro, basta vermos a apelação principalmente em cima das meninas para que estejam nos ambientes públicos... ingresso liberado, bebida free, etc, etc, etc... quem fiscaliza quem? Ninguém!
Mas e depois de contaminados:
Alguém se lembra desses jovens? Alguém visita suas famílias? Contratam um profissional para auxiliá-los? Respondo: claro que não... são descartáveis... não interessam mais... vão buscar outros, afinal tem tantos por ai no seio de nossas famílias e a cada dia tem uma geração nova chegando que pode ser usada e descartada... criticam e condenam as igrejas cristãs por defenderem isso (fidelidade e castidade), mas depois é justamente essas igrejas cristãs que vão acolher, confortar e juntar os pedaços que ficam ao longo do caminho...
Portanto, pense bem... Antes de sair para a noite, antes de se entregar aos deuses do TER, PODER e PRAZER... olha para o lado... consulta a internet e vê as fotos de jovens na tua idade que contraíram e convivem com o HIV/AIDS... Lê o depoimento deles...
A decisão é só tua... Tudo pode começar no primeiro gole, na primeira dose, na primeira transa, ... Esse jovem se pudesse voltar no tempo, assim como todos os outros, fariam tudo diferente... Se tu ainda tens essa chance, faz isso... Te preserva, te cuida, seja casto, seja fiel... Serás especial aos olhos da pessoa escolhida e principalmente aos olhos de Deus! Isso não é caretice, é virtude, é personalidade, é identidade, é liberdade de escolha, é ideal, entre tantos adjetivos que poderíamos colocar...
Por isso Paulo lembra que nosso corpo é Templo do Espírito Santo... pense nisso e seja realmente feliz e não apenas viva momentos de prazer, alegria ou euforia... O preço é muito alto e os números mostram que não vale a pena!